Os alunos foram desafiados a reviver/recordar um dia de agosto de 2013. Foi-lhes distribuído um guião referente à estrutura da página de diário.
Página de diário I
Reviver um dia de agosto em 2013
21 de agosto de 2013
Querido diário!
Hoje vou recordar como foi o meu dia de tristeza,
os dias em que a serra que avisto da janela do meu quarto foi assolada por um
grande incêndio.
Quando acordei, saí à rua e cheirava-me a queimado.
O meu pressentimento foi que a minha aldeia estivesse a arder. Estava muito
preocupado porque não queria que chegasse a minha casa. Foi um pesadelo porque
tinha medo que ficasse sem árvores e sem verdura na minha aldeia.
O fogo subia e trepava os montes da minha aldeia. Eu
estava cada vez mais preocupado porque o
fogo não dava tréguas. Havia cada vez mais bombeiros em redor para tentar
controlar e apagar o fogo . Estes faziam o que podiam para tentar apagar o
fogo.
Todos os dias ouvia falar na televisão da minha
terra rodeada por uma nuvem negra de fumo e uma clareira de chamas.
Página de diário II
Querido diário!
Hoje acordei, olhei o céu e vi uma nuvem muito cerrada de
fumo preto. Vesti-me à pressa para ir ao café saber das novidades, mas quando
saí dei de caras coma serra toda a arder, fui a correr...corri.corri...
Ao chegar ao café, vi uma enorme multidão de pessoas aflitas e chorosas por terem sido evacuadas de casa a meio da noite. A uns metros de
distância, ao pé do rio, estavam dois tanques enormes de bombeiros a abastecerem
de água, cada vez que um saía chegava outro vazio. O dia foi passando e as
chamas continuavam a devastar a serra sem serem dominadas. Todas as pessoas e
bombeiros estavam em pânico. Foi um dia horrível, o ar era irrespirável, os
olhos ardiam-me e apesar da noite descer a serra, ninguém tinha vontade de
se recolher em casa.
Página de diário III
Página de diário III
Querido Diário!
Não imaginas o que está a acontecer, a nossa linda serra
está a arder. Hoje dia vinte e três, pelas onze horas da manhã, foi o pior
acordar da minha vida, abri as persianas e ao cimo da serra vi uma fogueira,
que passado uns minutos se descontrolou e tornou-se num grande incêndio.
De imediato corri para junto da minha mãe, gritando-lhe para
ligar para o 117, pois a floresta estava em chamas. Após a sua chamada,
chegaram os bombeiros locais. Naquele preciso momento ninguém imaginava que
este seria um dos maiores incêndios do ano.
Depois de muitas
horas de combate, eu e toda a população, ajudámos os heróis, contribuindo com
bens alimentares e um abrigo.
À noite, a pior paisagem alguma vez vista na Serra do Caramulo,
o ar estava irrespirável, no céu via-se uma mancha vermelha que serpenteava
toda a serra. Só se via vermelho, o incêndio saltava penhascos atrás dos
pinheiros verdejantes, transformando-os em cinzas. As pinhas pareciam granadas
e elas próprias incendiavam o pinhal que ainda estava adormecido.